Friday, June 28, 2013

Bon Jovi, 2013-06-27 - Destak, Concerto "halfway there" (in portuguese)

http://www.destak.pt/artigo/167922-concerto-halfway-there

Bon Jovi

Concerto "halfway there"

27 | 06 | 2013   18.48H

Em meia dúzia de minutos, já no encore, e feito um discurso emotivo de agradecimento aos fãs por mais de 30 anos de «dedicação e amizade», percebeu-se que, como diz a letra de Livin’ on a Prayer, o concerto havia ficado “halfway there”.
Vera Valadas Ferreira | vferreira@destak.pt

No derradeiro tema a ser entoado por Jon Bon Jovi e companhia na Bela Vista, num regresso a Portugal aplaudido por 30 mil pessoas, a banda veterana acordou da semi-letargia o público multigeracional. E mostrou que o espetáculo poderia ter sido infinitamente mais... espetacular, que nos desculpem o pleonasmo.

É que ao segundo tema – You Give Love a Bad Name - houve a promessa (vã) de um regresso ao passado longínquo, quando os cabelos ondulados do vocalista ainda eram tópico de conversa. Fiquei com pele de galinha, confesso. Só que em vez disso a banda optou pelo tom morno das composições assinadas já neste milénio, promovendo os denominados momentos “la, la, la” de bracinhos no ar ou de mãos dadas às caras-metade. Muito easily listening. It’s My Life, Keep the Faith e o novo single Because We Can foram excepções num concerto que só arrebitou na reta final graças à força de temas como In These Arms, I’ll Sleep When I’m Dead e Bad Medicine, este antes do encore (no qual ouvimos o clássico Dead or Live) e logo depois de uma versão do clássico Rockin’ All Over the World.

É certo e sabido que, aos 50 anos, e ainda por cima com uma digressão tão preenchida ao ponto de atuarem esta noite em Madrid “quase” de graça, a voz de Jon já não é a mesma de quando com 20 aninhos cantava nas alturas algumas das baladas românticas mais memoráveis de sempre. Hoje, o cantor “defende-se” e assume uma roupagem mais acústica nos temas mais exigentes e/ou conta com o apoio vocal dos colegas de banda (por falar nisso, se alguém sentiu falta de Richie Sambora, que se acuse!).

Em palco, este rapaz com um "million dollar smile" é hoje um verdadeiro entertainer, com câmaras e luzes estrategicamente colocadas, e movimentos de anca e sorrisos rasgados, tudo amplificando aquilo que já é tão gritante: a sua sensualidade de rock star. E neste ponto, não houve meio-termos, que fique esclarecido.

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